Por isso, decidi por estes dias revisitar esta terra, de pescadores e lendas e orações.
Devo confessar que a vila me surpreendeu pela positiva. Apesar de um cariz marcadamente turístico, continua com um ar pitoresco e piscatório, marcado pelas mulheres de 7 saias com quem nos vamos cruzamos ao longo das ruelas.
Está mais moderna, esta terra: tem um elevador que liga o Sítio à Praia, o Big Wave Nazaré Challenge, uma melhor identificação de pontos de interesse, miradouros e igrejas. Ainda assim, é impossível ficar indiferente às suas ruas estreitas, ao Santuário ou ao Museu do Peixe seco.
Fomos lá e queremos lá voltar. Nem que seja para revisitar espaços como:
Miradouro do Suberco - o miradouro mais famoso da Nazaré
Big Wave Nazaré Challenge - fica a caminho do Farol da Nazaré, e é o local onde milhares de pessoas se juntam para ver McNamara a surfar as famosíssimas ondas desta zona do país
Praia da Nazaré - a acompanhar a avenida marginal, os barcos típicos que lá estão desde que eu tinha 10 anos, o Museu do Peixe seco e as suas vendedoras
A Vila - onde continuamos a encontrar as mulheres das 7 saias, figuras típicas desta vila. Para quem não sabe, diz a lenda que as nazarenas tinham o costume de esperar os maridos e filhos, da volta da pesca, na praia, sentadas na areia, passando aí horas de vigília. Usavam por isso as 7 saias para se protegerem da maresi: as de cima para tapar a cabeça e ombros, as restantes para tapar as pernas.