P.ex, o Palácio da Ajuda: a primeira vez que o visitei foi há uns 2 anos atrás, quando em conversa com uma amiga e, na tentativa de encontrarmos um passeio onde levar a criançada, nos decidimos por este monumento - e ainda bem que o fizemos, tal a grandeza e luxo que ali podemos contemplar!
Hoje voltei lá, para poder apreciar os seus quartos, galerias, decoração e andar nobre (espaço dedicado às receções de gala).
Para quem não sabe, este palácio foi mandado construir por D. José I, após o terramoto de 1755, para proteção da família real (recusava-se a ficar nos edifícios que se tinham mantido de pé após o sismo). De construção em madeira para melhor resistir aos possíveis abalos sísmicos, ficou conhecido por Paço de Madeira ou Real Barraca (quem diria!!).
No entanto, em 1794 um enorme incêndio destruiu a maior parte do edifício (e recheio incluído); e, como consequência, o príncipe D. João ficou responsável pelas obras que levaram à sua reconstrução, desta vez em pedra e cal, e com traços barrocos e neoclássicos.
Apesar de, com a partida da Corte para o Brasil em 1807, as obras terem abrandado, com a subida ao trono de D. Luís retomou-se a reparação deste enorme palácio, iniciando-se um enorme e longo trabalho de reformulação não só na estrutura como nas paredes, tectos e própria decoração.
Atualmente podemos visitar o Palácio todos os dias entre as 10h e as 18h, sendo que a entrada custa 5 euros por ingresso (exceções podem ser vistas aqui).
Quem lá for, não deixará de se cativar por espaços como estes:
Entrada
Sala do reposteiro (onde o Porteiro da Cana anunciava as visitas):
Sala da Grande Espera
Sala do Despacho (onde o Rei, diariamente, concedia audiências, reunia o Conselho de Estado, e recebia ministros e altas individualidades que o desejavam cumprimentar)
Os aposentos reais
A capela
A sala de jantar
A sala dos jantares grandes
O salão nobre
Nota ainda para o facto de, ao que parece, o Governo finalmente ter dado luz verde para completar as obras de remodelação e finalização deste enorme projeto, mais de 200 anos após o seu início. Até que tal aconteça, aproveitem e visitem este espaço (com ou sem crianças) tal como está: tenho a certeza que vão adorar!